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domingo, 26 de abril de 2015

Bacon e a ciência moderna

O livro “Novo Organum” de Francis Bacon, publicado em 1620, trouxe um novo método para fazer ciência, incorporando a experiência e o conhecimento empírico (possível de ser interpretado, pois pode ser visto/sentido pela experiência) à razão.
Bacon distinguiu dois métodos: um que cultiva as ciências provenientes da filosofia tradicional, vindas do conhecimento contemplativo, o qual ele chamou de “antecipação da mente” e outro que faria descobertas científicas, buscando o conhecimento por meio da exploração e experimentação da natureza, o qual ele chama de “interpretação da natureza”, que seria capaz de alcançar a verdadeira ciência e de promover a cura da mente através da regulação do pensamento por mecanismos da experiência.
O filósofo preocupava-se com as falsas noções que ocupam o intelecto humano e dificultam o acesso a verdade e que, posteriormente, seriam um obstáculo a instauração das ciências, as quais ele chamou de “ídolos”. Para ele, o método científico deveria ser livre de todos os ídolos. Até hoje tal preocupação é pertinente, pois tudo aquilo que assimilamos pelo senso comum, por “deixar que a mente se guie por si mesma” nos enganam, podendo corromper o conhecimento verdadeiro. Além dos ídolos, o outro obstáculo da ciência é o sentido, algo débil e enganador.
Para Bacon, saber é poder e a exploração da natureza é a única maneira de compreendê-la, interpretá-la e vencê-la, alcançando a verdadeira sabedoria.
A atualidade de Bacon pode ser observada na ciência moderna, que utiliza de seu método de raciocínio lógico e experimentação para elaborar suas descobertas científicas, a qual deve possuir um papel transformador. A ciência jurídica e o Direito também utilizam do método proposto por Bacon, pois mesmo embasados na teoria da lei, as experiências cotidianas e as mudanças sociais são assimiladas na resolução de novos casos. Como exemplo, temos no estatudo da família que o casamento é a união afetiva entre duas pessoas de sexo oposto, no entanto, as alterações sociais da modernidade passam a sugerir que casamento seja qualquer tipo de união afetiva, seja entre pessoas do sexo oposto ou do mesmo sexo. Francis Bacon e seu método trouxeram para ciência moderna maior credibilidade, fazendo com que tenha resultados cada vez mais precisos.

Thais Amaral Fernandes
1 ano -Direito Diurno
Aula 3

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