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domingo, 24 de março de 2013

Infinita mutação





No filme “O Ponto de Mutação”, a personagem Sonia afirma que, por ser física, sente-se parcialmente culpada pela bomba atômica lançada em Hiroshima. Jack, por sua vez, contesta Sonia, pois acredita que nem ela, nem outros físicos são responsáveis por tais atrocidades. De acordo com ele, os cientistas devem descobrir as coisas, mas depende do resto da humanidade decidir o que fazer com tal conhecimento.

O homem contemporâneo possui uma capacidade de criação e descoberta que era inimaginável por seus ancestrais. Contudo, com essa dádiva, surge também outra habilidade – mais ameaçadora e mais letal –: a de destruição.

Uma das frases mais marcantes mencionadas no filme foi originalmente citada por William Blake: “Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito.” O infinito é demasiadamente vago e amplo para a percepção humana, seja o homem cartesiano e seguidor de Descartes, seja o homem empirista e seguidor de Bacon.

Espera-se que nossa sociedade esteja em um “ponto de mutação”. Espera-se que a humanidade crie uma consciência e deixe de transformar conhecimento em armas. Espera-se que cesse o histórico de escolhas equivocadas. As possibilidades são infinitas. Mas sempre temos uma escolha. E podemos fazer nossas escolhas, mas, no final, são nossas escolhas que fazem de nós quem somos.


Ana Clara Tristão - 1º ano Direito diurno

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