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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Causa eficiente, vale pro Brasil?


Émile Durkheim em sua obra “As regras do método sociológico” discute sobre algo chamado “causa eficiente” que transmitiria uma mensagem para todo o corpo social, para evitar, ou parar uma lesão nesse corpo. Mas, sendo o Brasil um corpo fortemente baleado, há causas eficientes possíveis para tanto?
                Tentamos o positivismo por um bom intervalo de tempo, temos o “ordem e progresso” em nossa bandeira, mas o resultado não foi o esperado, já que tudo que tivemos foram revoltas e mais abalos no corpo social no início do século XX.
Por outro lado, pode ser que estejamos encontrando um caminho, dessa vez mais durkheiminiano: A operação da Secretaria Municipal de assistência social do Rio de Janeiro acolheu 65 pessoas da cracolândia do Jacarezinho em abrigos, sendo 5 deles menores de idade; os fortemente dependentes são levados a tratamento em uma das quatro unidades de abrigamento compulsório. Ao menos, teoricamente, a ação parece boa, mais próxima de uma causa eficiente, apesar de não sabermos exatamente como procedem a essas ações.            
Drukheim e Comte defendem que cada individuo tem seu lugar na sociedade, de igual importancia, porém há lugar para essas pessoas? Qual seria? É nesse ponto que entra talvez a causa mais eficiente para o Brasil: a educação. Em longo prazo, esta abre espaço para essas pessoas no corpo social, além de resolver outras lesões. Problema: o investimento nessa causa deve vir de uma parte já lesionada, o Estado. Então, essa de causa eficiente, de parar uma lesão, vale pro Brasil, ou já somos terminais?




Murilo Aires

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