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segunda-feira, 16 de abril de 2012

O desafio do Direito na modernidade líquida








     Em pleno caos da modernidade líquida, a incerteza está presente nas mais variadas questões humanas e mostra que a visão cartesiana, que valoriza o fragmento e se esquece do todo, não facilita na resolução de casos complexos como a desocupação da crackolândia.
     Problemas sociais, como o citado, provocam polêmicas pois muitas são as opiniões sobre o que deve ser feito a respeito. Desocupar com violência ou dar assistência aos dependentes? Em casos assim, o direito deve ser aplicado juntamente com a sociologia, afim de achar uma solução mais humana para a situação. A criminalidade e a marginalização devem ser muito mais previnidas do que combatidas. A prevenção desses desvios sociais evitam esforços e gastos futuros como os com o encarceramento por exemplo. É importante evitar que alguém se torne um dependente de drogas, um ladrão etc.           
     A óptica mostrada pela personagem Sonia do filme “Ponto de mutação” pode ser utilizada pelo Direito para resolver problemas como o exposto anteriormente. Pensando que todos os elementos do universo estão conectados e que é preciso uma visão geral para o entendimento de “um todo”, é possível recorrer a análise dos motivos que levaram esses seres humanos a atingirem o grau tão deplorável de permanecer tanto tempo nas ruas se drogando e se degradando.       
     A limitação da visão cartesiana deixa os seres humanos de mãos atadas para lidar com alguns assuntos da pós-modernidade. O que é concreto hoje? Nada, essa é a resposta que angustia e desafia intelectuais de todas as áreas incluindo do Direito. Havendo pois, uma enorme viscosidade do que é real, a visão cartesiana não da respaldo a questões que acometem diariamente pessoas do mundo inteiro.     
     Em suma, submerso em vários problemas está o homem. O melhor caminho a ser seguido não está claro. Não há hoje apenas uma corrente, escola de pensadores ou filosofia que diga qual é o melhor caminho a ser seguido. A uniformidade dos pensamentos, que já foram utilizados um dia para o entendimento do mundo, não existe mais. O Direito como uma ciência mutável, terá que se adequar a essas mudanças abandonando, talvez, pensamentos de outros séculos.

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