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quarta-feira, 29 de junho de 2011

A modernidade em Bacon

Francis Bacon confronta em sua obra "Novo Organum" aqueles que para ele representam os dois métodos para o exercício da ciência. O primeiro é aquele advindo da filosofia tradicional que se caracteriza pelo conhecimento contemplativo e por aquilo que ele chamava de antecipação da mente. Já o segundo, evidencia aquilo que para Bacon significa ciência de fato, pois remete a descoberta científica por meio da observação e experimentação.
A filosofia baconiana rejeita, portanto, a fantasia e a filosofia tradicional, considerando o fato dessas em nada contribuir para a evolução humana. A partir disso, Bacon propõe uma ciência regulada por mecanismos da experimentação, que deve existir como representação do mundo (tudo o que existe é digno de ser estudado).
Essa ciência proposta deve proporcionar ao homem a capacidade de "domesticar" a natureza a partir de seu amplo conhecimento. Saber é poder, ou seja, conhecer as leis que regem a natureza dá ao homem a capacidade de utilizá-la em seu benefício e , mais do que isso, o torna capaz de antecipar os fatos.
Dentro de toda essa visão de ciência, Bacon vê naquilo que chama de ídolos da mente humana o obstáculo capaz de desviar o acesso a verdade científica. Esses ídolos são enumerados em quatro tipos, sendo eles: Ídolos da tribo que são fruto da própria natureza humana e da incompetência de seus sentidos. Ídolos da caverna relacionados ao meio em que está inserido o indivíduo, sua formação e cultura. Ídolos do foro que representam as relações entre pessoas e as influências que essas associações exercem sobre elas. Por fim, ídolos do teatro que são os princípios vinculados a filosofia e a tradição.
Por último, Bacon coloca as falácias dos sentidos como o maior obstáculo para o avanço da ciência. Para ele, a ciência deve também estudar aquilo que é invisível aos olhos dos homens e imperceptível aos seus sentidos, pois sem isso, será impossível efetuar grandes avanços científicos sobre a natureza. Diante dessa visão, não é difícil entender a relação existente entre a ciência moderna e a filosofia de Francis Bacon.

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