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domingo, 1 de maio de 2011

Positivismo: a sociedade Brasileira e a questão da interdisciplinaridade

Em “Curso de filosofia Positiva”, Augusto Comte defende a ascensão da mudança intelectual da sociedade, sendo para isso necessária a soberania da única filosofia capaz de trazer progresso real à sociedade: a filosofia Positiva.

Essa filosofia também chamada “Estado fino da inteligência humana” seria a evolução das duas outras: a Teológica e a Metafísica ( de transição a filosofia Positiva).A coexistência delas é definida como grande problemática, já estas só entram em decadência enquanto o positivismo seria o único que evoluiu ao longo dos séculos, buscando sempre a observação na íntegra e orientação através das leis imutáveis dos fenômenos, em detrimento à busca das causas, sempre insolúvel.

Na história da sociedade brasileira, a herança do positivismo na busca pela “ordem e progresso” se deu de maneira flagrante, sobretudo nos governos militares ,quando foram criadas instituições e politicas públicas que objetivavam a colocação de cada indivíduo em seu devido lugar, desde o trabalhador braçal até os intelectuais. Todos devem cumprir seu papel exato na sociedade e serem solidários para que se mantenha a ordem e , dessa maneira, consequentemente, o progresso.

Interessante citar também a problemática da “fragmentação das ciências” tão em voga hoje em dia, mas já prevista por Comte. Segundo ele, a divisão das ciências não são arbitrárias e sim artificiais, ela teria por objetivo o intuito de separar as dificuldades para melhor resolvê-las, mas acabara gerando inconvenientes em razão da “excessiva particularidade que se ocupa cada inteligência individual”. Para Comte seria necessária “ a redução das várias ciências ao que constitui seus espíritos”, ou seja seus métodos principais e resultados, somente com a volta do que chamamos de interdisciplinaridade hoje, seria possível constituir a base de uma nova educação, mais verdadeira e racional.

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